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Representatividade: diretora do Sindicato recebe “Prêmio Ruth de Souza”

Mulheres negras das mais diversas áreas de atuação, que se destacaram na luta contra o racismo e na promoção da igualdade social, foram homenageadas pelo Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CPDCN), no último sábado (23), no Museu Afro, em São Paulo. A diretora do Sindicato, Rose Prado, foi uma das homenageadas que recebeu o “Prêmio Ruth de Souza”.

“Mesmo com a profunda satisfação pessoal, ressalto que a coletividade e o apoio de companheiras e companheiros foram fatores essenciais na minha trajetória”, disse Rose.

“Essa grande homenagem que recebo é reflexo de uma série de trabalhos realizados ao lado de inúmeras pessoas que, assim como eu, acreditam na união, na conscientização e no bem comum”, completou a sindicalista.

Comprometida na luta trabalhista sempre com ênfase na atuação feminina na metalurgia, Rose Prado entrou para o setor metalúrgico em 1991 quando foi contratada pela Deca Metais (atual Dexco), onde permanece até hoje.

Em 2004, Rose foi a primeira mulher a entrar na Diretoria de Base do Sindicato e, em 2012, se tornou a primeira mulher na Diretoria Executiva, como 2ª Secretária. Foi vice-presidente na gestão 2016/2020 e, na gestão atual, ocupa o cargo de 2ª Tesoureira.

A homenagem Anualmente, o CPDCN realiza a homenagem em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, ambos celebrados em 25 de julho.

A premiação foi direcionada personalidades negras que atuam em diversas áreas como, educação, saúde, indústria e empreendedorismo.

A vice-presidente do CPDCN, Maria Aparecida de Souza Costa Silva (Cida Costa), destaca que as homenagens são reflexos dos avanços das mulheres negras na sociedade. “Nós estamos no rumo certo e a luta tem que continuar. Nós analisamos as diversas conquistas, mas também temos que estar atentas aos desafios que ainda estão por vir”.

O histórico do Prêmio Ruth de Souza No calendário de ações do CPDCN desde 2019, o prêmio presta homenagem à atriz Ruth de Souza, nascida em 12 de maio de 1921 na cidade do Rio de Janeiro.

Homenagem mais do que justa, afinal, ela foi a primeira artista negra do país a ser indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza de 1954 por seu trabalho em Sinhá Moça.

Em 1968 integrou o elenco da TV Globo, tornando-se a primeira atriz negra a protagonizar telenovelas: Passo dos Ventos e A Cabana do Pai Tomás, (ambas em 1969).

Ruth de Souza Faleceu em 28 de julho de 2019.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha Celebrado em 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, após o primeiro encontro de mulheres afro-latinas -americanas e afro-caribenhas em Santo Domingos, na República Dominicana.

O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.

Tereza de Benguela Tereza de Benguela viveu no século 18 e foi morta em uma emboscada. Esposa de José Piolho, ela se tornou rainha do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, e quando o marido morreu.

Tereza de Benguela foi uma grande liderança: criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.

Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra O Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo foi instituído pelo Decreto nº 22.184, de 11 de maio de 1984, foi criado como resposta governamental às lutas empreendidas por diversas organizações negras ao longo do século 20.

Presidente do Conselho, o economista Gil Marcos Clarindo dos Santos, argumenta que o objetivo principal da iniciativa é promover políticas públicas direcionadas para a população negra. “O conselho vem discutindo políticas com os municípios e, com base nas demandas geradas, nós analisamos nos âmbitos estadual e nacional”.

O colegiado é composto por 32 conselheiros, sendo 22 representantes da sociedade Civil e 10 governamentais, eleitos para mandato de 4 anos.




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