
FEDERAÇÃO DOS METALÚRGICOS
DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Adilson Sapão
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá
OLHAR PARA FRENTE E ENCARAR OS DESAFIOS DE 2025!
O ano que se inicia apresenta condições favoráveis para o Brasil seguir no caminho da retomada econômica. Índices de desemprego caindo e de ocupação da força de trabalho subindo. O rendimento real médio dos trabalhadores apontando uma maior remuneração da população assalariada. Enquanto a indústria brasileira salta posições no ranking mundial de produtividade.
Todos esses acontecimentos (e muitos outros), mesmo com problemas como a alta taxa de juros, mostram que desde o início do mandato o governo Lula tem apresentado um bom plano de desenvolvimento econômico com justiça social.
FIM DA JORNADA 6X1
Vários desafios já se apresentam em pautas de interesse dos trabalhadores e devem ganhar destaque ao longo dos meses, como a redução da jornada de trabalho, que vem ao encontro de uma antiga bandeira de luta do movimento sindical.
A proposta apresentada na Câmara pela deputada Érika Hilton só será aprovada com a sociedade mostrando capacidade de mobilização social. Aliás, para ter sucesso e avanços nas demandas dos trabalhadores, evitando retrocessos, num Congresso dominado por deputados representantes da classe empresarial, será fundamental a participação da classe trabalhadora em apoio ao governo Lula.
COMPANHEIRADA, VAMOS PRA CIMA!
Aqui no Sindicato, será mais um ano de lutas, assembleias nas portas de fábricas e negociações por maiores conquistas, como de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e a continuidade na busca dos acordos coletivos da Campanha Salarial, com os grupos que ainda não fecharam o dissídio, além da busca diária por melhores condições de trabalho para a categoria.
Em 2025, seguiremos conscientizando a nossa base sobre a importância do metalúrgico sindicalizado, que sustenta e mantém de pé as lutas e reivindicações em benefício de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
AS PERSPECTIVAS ECONÔMICAS E OS DESAFIOS DO SINDICATO EM 2024
Ao virarmos a página de 2023 para 2024 há uma boa dose de positivas expectativas para a classe trabalhadora, com números satisfatórios sobre a economia no Brasil. Por isso, nesta primeira edição do ano, começamos com algumas considerações sobre o que, possivelmente, vem por aí nos próximos 12 meses.
Antes disso, vale lembrar que o brasileiro virou especialista em economia nos últimos anos, tantos foram os problemas e o descaso dos governos Temer e Bolsonaro com a pauta econômica: alta da inflação, desemprego lá em cima, os juros, além de planos salvadores, que nada salvaram, como a própria promessa (mentira) da terceirização como geradora de empregos.
Agora, vamos aos dados. O Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários, fechou o ano em 3,71%, ficando abaixo dos 5,93% registrados em 2022. Já a taxa Selic projetada pelo Boletim Focus para este ano é de 9%.
INFLAÇÃO CONTROLADA
Tudo indica que ainda enfrentaremos uma taxa real de juros elevada ao final do primeiro trimestre de 2024. Mesmo assim, a perspectiva de controle da inflação levou a uma redução da taxa longa de juros, que contribui para que as expectativas de retorno dos investimentos sejam maiores, impactando numa redução do nível de endividamento.
Desse entendimento, o ano promete: redução dos juros, queda da inflação, perspectiva de aumento dos investimentos e, consequentemente, geração de emprego.
LUTAS E DESAFIOS DO SINDICATO
Os bons resultados desafiam a fazer ainda mais. Enquanto Sindicato combativo, vamos lutar, dialogar e negociar em busca de maiores conquistas, a exemplo dos acordos de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os trabalhadores da categoria, entre outras como a própria Campanha Salarial, ao mesmo tempo em que contribuímos para uma geração de empregos de qualidade, com trabalho digno e maior justiça social.
Em 2024, vamos seguir ampliando a mobilização da nossa base que sustenta as lutas e posições em benefício dos metalúrgicos e metalúrgicas. Propostas como mais empregos, melhores salários, fortalecimento das negociações coletivas, atualização e financiamento do modelo sindical serão levadas não somente para assembleias, mas também apresentadas para toda sociedade.