Centrais sindicais fazem protesto na Avenida Paulista contra juros
- Fedmetal
- 18 de mar.
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Centrais sindicais promoveram nesta terça-feira um protesto em diversas cidades do país pedindo a redução da taxa básica de juros (Selic). Em São Paulo, o ato ocorreu em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, e reuniu centenas de pessoas.
“Esse ato aqui é uma tradição e acontece no momento em que o Banco Central vai decidir a taxa de juros”, explicou João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical.
“Na nossa opinião, a taxa de juros alta acaba prejudicando o investimento na indústria e o consumo porque os preços sobem e isso acaba atingindo também a geração de emprego. Quanto mais baixos forem os juros no nosso país, as condições econômicas serão melhores para a produção, para o consumo e para a geração de emprego”, acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.
Chamado de Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos, o ato contou com a participação das centrais sindicais:
Força Sindical,
Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB),
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Intersindical e
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NTST).
Atualmente, a taxa Selic está em 13,25%, mas há uma estimativa de que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorre hoje e amanhã (19), eleve a taxa para 14,25%, maior patamar desde 2016.
“O objetivo principal desse ato é exatamente criticar a possibilidade de mais uma alta na taxa de juros, a taxa básica Selic, que já se encontra em 13,25%. Lamentavelmente o Banco Central age como o mordomo da [avenida] Faria Lima, ou seja, o Brasil virou o paraíso do rentismo. Hoje o país pratica a maior taxa de juros do planeta. E isso sugere que há uma insensatez. Não há razões para o Banco Central, o Comitê de Política Monetária, agir como garçom dos banqueiros, do capital especulativo e do rentismo. É preciso que a gente sinalize uma nova possibilidade. O mundo todo indica que a melhor resposta para sair da recessão é exatamente baixar juros”, disse Adilson Araújo, presidente nacional da CTB.
“Não podemos seguir permitindo que o Estado sirva de banco para satisfazer o ego do grande capital”, ressaltou.
Fonte: Radio Peão Brasil
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