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Centrais fazem ato, contra juros altos, em frente ao Banco Central

As Centrais Sindicais realizaram, na manhã desta terça-feira (21), um ato contra juros altos em frente a sede do Banco Central, na Avenida Paulista, 1804, em São Paulo, reuniu centenas de manifestantes para cobrar a queda da taxa básica de juros (Selic) praticada pelo Banco Central (BC), que atualmente está em 13,75% ao ano.

Os sindicalistas assaram e distribuíram centenas de quilos de sardinha para os manifestantes e população em geral que passava próximo ao ato. “O objetivo do ato foi chamar atenção da sociedade e sensibilizar o membros do Banco Central da importância de baixar os juros “, disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

“É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento. Por isso, fizemos as manifestações em várias capitais do país”, completou Torres, em vídeo nas redes sociais.

Hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic. A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa. A decisão do Copom será anunciada nesta quarta-feira (22).

O presidente da CUT nacional, Sérgio Nobre, ressaltou que um dos objetivos dos trabalhadores que batalharam para eleger Lula (PT) é a imediata mudança nos rumos da política monetária implementada pelo presidente do Banco Central (BC), Campos Neto. “A atual política de juros altos privilegia apenas os mais ricos”, disse Nobre.

Em sua fala, o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou a importância da iniciativa e pediu união do movimento sindical. “É imprescindível que a gente possa estabelecer o bom diálogo. É correto que, neste espaço, a gente possa conversar entre nós. Essa é, provavelmente, uma das principais lutas a serem travadas nesse início de governo. Nós ajudamos a eleger um projeto de governo democrático popular.

“Hoje é um dia nacional de luta do movimento sindical brasileiro, nas 10 subsedes do banco central espalhadas pelo Brasil estão acontecendo atos iguais a esse”, afirmou Canindé Pegado, secretário Geral da UGT.

O dirigente ugetista ressaltou que o objetivo dos atos é o de pressionar o BC na pessoa do seu presidente, Campos Neto, a se voltar para a realidade econômica do país, cujo a inflação está em 5,79%. Sendo assim, a taxa Selic em 13,75% é usada para o financiamento de imóveis, de compras como geladeira, televisão ou carros e empréstimos para pequenas e médias empresas produzirem, o que é danoso pois compromete o desenvolvimento do país.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), alerta que juros altos prejudica o desenvolvimento econômico do nosso país. “Diminuir o juros vai gerar mais empregos, melhorar os investimentos na indústria e no comércio e aumentar o crédito para a população”.

Para Juruna, o ato de hoje foi fundamental para demarcar a posição dos trabalhadores em defesa da queda dos juros e pela retomada de uma política de desenvolvimento nacional. “Os juros, que prejudicam a economia, prejudicam a indústria, prejudicam o investimento, prejudicam o comércio porque não há consumo, não há crédito. O que temos são trabalhadores em diversos segmentos demitidos, outros entrando em férias coletivas, como agora foi anunciado pelas montadoras”.

“Férias coletivas das automobilísticas geram também demissões ou férias coletivas na indústria de autopeças. Uma sequência negativa em cadeia. Por isso, essa manifestação tem por objetivo chamar a atenção da sociedade, da população, para que o governo federal tome providência. Para que o Banco Central, que se reúne hoje e amanhã, possa sinalizar à sociedade a queda da taxa de juros”, ressaltou Juruna.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) marcou presença no ato contra juros altos destacando também a importância de se revogar as maldades da Reforma Trabalhista, como passo essencial para combater a precarização do mundo do trabalho no Brasil.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi alvo de duras críticas e de pedidos pela sua saída do cargo.

“Campos Neto cairá! Também solicitamos ao governo federal que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil saiam do cartel de bancos!”, disse o Secretário Nacional de Mobilização da CSB, Denilson Bandeira.

O ato pela queda dos juros reuniu representantes das centrais sindicais: CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Intersindical, A Pública -, e movimentos sociais como o Povo sem Medo e Frente Brasil Popular. Em todo o país foram realizados protestos.






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