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Crise de saúde grave, governo federal fraco

A pandemia do Coronavírus avança no Brasil, que vai subindo no ranking mundial dos países mais afetados. Diariamente temos mais mortes e pessoas infectadas. Ainda não há remédios eficazes contra a doença e uma possível vacina é algo para futuro, pois precisa ser desenvolvida com segurança. Em meio a este cenário assustador, onde todos estão com medo, o governo federal deveria ser o núcleo de liderança no combate à pandemia. Mas infelizmente acontece o contrário: a cada dia, acordamos com uma nova crise causada por quem deveria comandar o país.

Como líder sindical, acompanho a situação e entendo que neste momento a saúde e a segurança dos trabalhadores devem vir em primeiro lugar. Se os médicos, cientistas e líderes dos principais países do mundo defendem o isolamento social como a melhor forma de combater o coronavírus, devemos segui-los e atender as suas recomendações. É claro que a economia está sendo prejudicada e terá que passar por uma recuperação futuramente, mas para que as pessoas possam ter empregos e trabalhar, elas precisam estar vivas antes.

Vemos diariamente que essa doença não escolhe idade, classe social, origem ou ideologia política. Ela tem capacidade de matar qualquer um. Assistindo ao noticiário, é possível observar com enorme tristeza a perda de brasileiros e brasileiras adolescentes, adultos e idosos. Pessoas saudáveis e que não possuem doenças como diabetes ou hipertensão estão se tornando vítimas fatais, imaginem então aquelas mais idosas e que possuem a saúde mais frágil... Não podemos brincar com essa situação, ela é muito grave e precisa da seriedade de todos.

Infelizmente, o governo federal não tem atuado como se esperaria numa situação dessa. Basta observar que tivemos dois ministros da Saúde num intervalo de 30 dias, e os dois deixaram o governo por divergências com o presidente. Precisamos de uma liderança clara, organizada e que conduza o país com segurança nessa crise, que já é considerada por alguns como a maior de toda a humanidade. Não podemos ter dois tipos de discursos: enquanto uns pregam o isolamento, outros participam de atos públicos e aglomerações.

É isso que estamos vendo diariamente. E em meio a essas contradições, o Brasil vai ocupando uma posição cada vez mais destacada entre os países mais afetados. A diferença é que aqui não temos as mesmas condições de atendimento dos países europeus e dos Estados Unidos, por exemplo. Não há uma previsão de quando a curva de brasileiros contaminados começará a cair, pois ela continua subindo. Só existe uma certeza: é a hora de o governo federal assumir seu papel e liderar o país para que possamos ver alguma luz no fim do túnel e, num futuro próximo, começarmos a retomar a vida como era antes.

· Pedro Alves Benites é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano e 2o Tesoureiro da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo



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